Trabalhadores da Higienização lotam auditório mais uma vez em mobilização pelas 180 horas - Aserghc

Trabalhadores da Higienização lotam auditório mais uma vez em mobilização pelas 180 horas

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Centenas de Técnicos de Higienização Hospitalar lotaram mais uma vez o auditório do prédio administrativo do GHC na manhã de hoje, 3 de maio. O encontro entre a categoria e o Diretor Presidente Gilberto Barrichello, juntamente com diretores da ASERGHC e Sindisaúde-RS, foi resultado da mobilização no início de abril, quando os higienizadores cobraram posicionamento efetivo da nova gestão na implementação da jornada de 180 horas e no combate ao assédio moral.

O Diretor Presidente iniciou a reunião comprometendo-se a não mais remanejar vagas da Higienização para outros setores do GHC, conduta que vinha prejudicando o setor e acelerando o processo de adoecimento devido à sobrecarga. Barrichello informou que nesta sexta-feira (5) a Ministra da Saúde virá visitar o Hospital Conceição, ocasião em que a diretoria pretende oficializar a portaria que cria a comissão paritária permanente para tratar dos casos de assédio moral e sexual, que deve contar com representantes dos trabalhadores.

Após cerca de oito anos de luta pela equiparação da jornada de trabalho, os higienizadores manifestaram sua pressa em receber respostas concretas. Foi discutida uma proposta de viabilização para aprovação das 180 horas mensais, que constam no Plano de Cargos e Salários já existente, a fim de aprovar a redução de jornada de trabalho sem redução salarial. No Plano, também está previsto um pequeno aumento do piso salarial da categoria. As entidades sindicais demandaram discutir os demais pontos do Plano, portanto o GHC pretende encaminhar para implementação no governo federal apenas a nova medida de redução de jornada que atinge os Técnicos de Higienização Hospitalar.

A coordenadora da Saúde do Trabalhador do Grupo, Mônica Villela Pereira, apresentou um diagnóstico da situação de pedidos de afastamento do trabalho em geral, considerando situações cotidianas (atestados que indicam afastamento de um até quinze dias) e situações que demandam ausência de maior da rotina laboral.

O coordenador do Grupo de Trabalho de Vagas, Carlos de Souza, apresentou o quadro de déficit de pessoal atual.

  • H. Conceição: faltam 15 higienizadores. Com a implementação da jornada de 180 horas, faltarão 89 pessoas.
  • H. Cristo Redentor: faltam 30 higienizadores. Faltarão 59 pessoas.
  • H. Fêmina: faltam 10 higienizadores. Faltarão 29 pessoas.
  • H. Criança Conceição: faltam 13 higienizadores. Faltarão 33 pessoas.
  • GHC: Atualmente faltam, ao todo, 68 profissionais de higienização. Com a nova jornada, faltarão 143 pessoas.

De acordo com o estudo, o dimensionamento considera as superfícies hospitalares em área quadrada, e quantidades de vezes que a higienização precisa ser feita no ambiente. O diretor da ASERGHC e do Sindisaúde-RS Valmor Guedes reivindicou que qualquer estudo precisa levar em consideração o mobiliário e especificidades físicas do ambiente hospitalar. Guedes também enfatizou que o processo de equilibrar a jornada de trabalho é urgente para corrigir o erro histórico de criar a jornada de 220 horas.

Ao final do debate, vários trabalhadores interviram com perguntas sobre a viabilidade das 180 horas, pois não há perspectiva de calendário para execução do caminho apresentado pela gestão do Grupo. A higienizadora Leda Pedroso reconheceu o avanço construído até aqui, e incentivou a categoria a seguir mobilizada de forma permanente até que a regulamentação da jornada se concretize.

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