Os estragos causados pelo forte temporal na noite de terça-feira, 16/01, evidenciam a falta de vontade política para enfrentar os desafios climáticos na cidade e na região. Diversos hospitais e serviços de saúde foram atingidos e o atendimento à população esteve comprometido durante a noite e as primeiras horas da quarta-feira.
Falta de energia elétrica, problemas estruturais, alagamentos e destelhamentos foram alguns dos problemas enfrentados por diversas unidades de saúde da região. Situações que obrigaram servidores a remanejar pacientes e equipe.
Do GHC, o Hospital Fêmina foi o mais atingido com pontos de alagamentos em todos os andares do prédio. A direção comunicou a suspensão temporária de todos os serviços durante a madrugada, mas já vem retomando as atividades.
Fora dos hospitais a situação também é caótica: são mais de 500 mil pessoas sem luz em Porto Alegre e região metropolitana e 40 bairros que correm o risco de ficar sem água. Enquanto isso, o prefeito Sebastião Melo joga a culpa para a direção da CEEE privatizada e não se responsabiliza pelo caos previsto e anunciado. O mesmo prefeito responsável pela privatização da Carris – outro serviço essencial ao qual a prefeitura não se compromete.
Serão quantas novas tragédias até que os governos façam planos reais de enfrentamento às questões climáticas? Em momentos como este fica cada vez mais evidente a necessidade de recuperar os serviços públicos: reestatizar a CEEE, valorizar o DMAE, valorizar o SUS e garantir que os serviços permaneçam 100% públicos e de qualidade.
