Leia o último Olho Vivo Especial: GHC aplica a reforma da previdência
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16/06/2021No início da tarde desta segunda-feira (14), trabalhadores e usuários do SUS da Unidade Básica de Saúde SESC solicitaram uma reunião com a Gerente de Saúde Comunitária, Helena Silveira Cunha. Durante a reunião, diversos pacientes do médico Ney Girão manifestaram a surpresa e a tristeza acerca do seu desligamento sem aviso prévio. Funcionários e usuários registraram em carta junto ao GHC seu repúdio pela demissão do profissional que atuava há 27 anos na SSC e era referência no atendimento HIV/AIDS.
Desde a semana passada, o GHC iniciou o desligamento de trabalhadores que se aposentaram após a reforma da previdência, realizando a extinção do contrato de trabalho sem qualquer forma de acolhimento e respeito ao tempo de casa dedicado pelos profissionais. A atitude é baseada no parágrafo 14 do artigo 37 da Constituição Federal, que foi alterado após a reforma previdenciária em 2019. Essa forma de desligamento dispensa os profissionais sem aviso prévio e sem direito à multa rescisória.
Representando a ASERGHC, estiveram o presidente Arlindo Ritter e a vice Graziela Palma. Graziela lembrou que a gestão do GHC trata os trabalhadores de forma desigual, já que quando houve a tentativa de desligar os aposentados especiais, a diretoria foi à Procuradoria Geral da República argumentar contra a medida em meio à pandemia e neste caso foi omissa.
O médico Ney foi comunicado para comparecer ao RH enquanto ministrava uma aula online para os residentes, e assim foi desligado de imediato. Por enquanto, 28 pessoas comunicaram a mesma situação para a ASERGHC. Trabalhadoras da higienização relatam que serão aposentadas apenas com um salário mínimo.