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01/08/2023Comissão de Higienizadores e ASERGHC levam luta das 180h à Brasília
03/08/2023Na tarde de ontem, 31 de julho, o Diretor Superintendente do GHC Gilberto Barrichello convocou todo o setor de Segurança do Trabalho do HNSC para questionar a respeito de um serviço em altura que não havia sido feito, segundo ele, devido a não autorização do referido setor, no pátio do Hospital Nossa Senhora da Conceição em frente ao Setor de Emergência. Trabalhadores do setor de Manutenção, Gerência de Engenharia e Gerência de Recursos Humanos também estavam presentes, além de usuários do GHC e demais trabalhadores que estavam no local no momento.
Após o ocorrido, o Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho (SINDITEST/RS) encaminhou um documento de denúncia ao Ministério Público do Trabalho e para a Diretoria GHC (leia o documento ao final da matéria) relatando a situação. Representantes da Aserghc reuniram com os trabalhadores hoje, terça-feira pela manhã, para acolher a demanda e encaminhar as devidas providências. Segundo relato dos trabalhadores assediados, o questionamento sobre a execução desta atividade não foi trazido para eles, e o superintendente disse que “era para amarrar uma corda de sisal no trabalhador da Manutenção que fosse executar o serviço e pendurá-lo em um cano de PVC”.
Além disso, também foi dito pelo Diretor, em forma de questionamento, sobre “o que era mais importante, uma linha de vida para ancoragem dos trabalhadores que iriam executar a tarefa ou uma linha de vida para os usuários/pacientes do GHC” e que ele “não precisava de ninguém para ler norminha para ele, que isso ele faria sozinho.”
As referidas norminhas na fala do Superintendente são as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, criadas pela Portaria nº. 3214 no ano de 1978. Estas normas versam sobre temas muito importantes a respeito da segurança e saúde dos trabalhadores, e têm sua origem nas Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Em relação à referência sobre a corda de sisal, além do Diretor explicitamente demonstrar o descaso com a integridade física dos trabalhadores, lembramos que era prática comum amarrar as pessoas escravizadas na época da escravidão no nosso país.
Estranhamente, esta atual gestão na pessoa do Diretor Superintendente Gilberto Barrichello criou um Grupo de Trabalho, com representantes da gestão e de diversas entidades de classe, para discutir sobre o assédio moral e sexual. Além disso, é de conhecimento de todos, que o GHC tem uma campanha permanente de combate ao assédio, com o slogan: “O GHC não tolera prática de assédio e discriminação”.
A Aserghc repudia a prática de assédio moral e exige respeito em relação ao trabalho exercido por todos os trabalhadores do GHC. Também exigimos condições de segurança e saúde básicas para os nossos colegas durante o exercício de suas funções.
Aserghc sempre na luta ao lado dos trabalhadores!