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01/02/2024Janeiro é o mês de ações e campanhas pela visibilidade trans, contra a transfobia e pela dignidade e cidadania da população trans e travesti no Brasil. Há vinte anos uma grande manifestação nacional foi realizada no dia 29, em Brasília, para o lançamento da campanha “Travesti e Respeito”. Essa mobilização entrou para a história por sua força e representatividade, reunindo pela primeira vez uma série de organizações e ativistas. Desde então, janeiro se tornou o mês marcado por ações e campanhas voltadas para o reconhecimento e a conscientização sobre a violência que atinge a população trans e travesti.
O Brasil é um dos países mais violentos para travestis e pessoas trans no mundo. Segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), só entre 2017 e 2022 foram registrados 912 assassinatos de travestis, mulheres trans, homens trans e pessoas não-binárias no país. Esses índices reforçam a importância desta campanha para acabar com o preconceito, a intolerância, a discriminação, as violações de direitos e as violências extremas, ou seja, todas as diferentes formas de transfobia. Para a ASERGHC, é fundamental visibilizar, conscientizar e apoiar a população trans e travesti que trabalha e que é atendida no GHC.
Ainda que as campanhas de janeiro sirvam para alertar sobre os altos índices de violência que atingem a população, elas também têm como objetivo celebrar as vidas de mulheres trans, travestis, homens trans e pessoas não-binárias. Por esse motivo é importante destacar as conquistas históricas como o direito ao nome social e o decreto de 2016 que passou a reconhecer a identidade de gênero e o tratamento pelo nome social em repartições e órgãos públicos federais. Relembrar também a histórica eleição de Erika Hilton e Duda Salabert em 2022, as primeiras deputadas trans do Congresso Nacional brasileiro.
Apenas a partir de 2018 pessoas trans puderam usar o nome social para concorrer às eleições nacionais. Em 2020, 27 pessoas trans foram eleitas para Câmaras Municipais segundo a ANTRA, o maior número já registrado na história. Esse aumento da participação indica um movimento crescente de ocupação dos espaços institucionais, muitas vezes lugares difíceis e violentos especialmente para essa população. Na última eleição municipal, pela primeira vez uma mulher trans disputou a prefeitura de uma capital, Letícia Lanz em Curitiba. No Rio Grande do Sul três vereadoras trans foram eleitas: Lins Roballo em São Borja, Maria Regina da Conceição Moraes em Rio Grande, e Yasmin Prestes em Entre-Ijuís. Em 2022, além das duas primeiras deputadas federais eleitas também tivemos três deputadas estaduais eleitas no Brasil: Linda Brasil em Sergipe, Dani Balbi no Rio de Janeiro, e Carolina Iara, pela Bancada Feminista em São Paulo.
Neste ano, e em comemoração aos 20 anos do Dia da Visibilidade Trans, foi realizada a 1ª Marsha Trans Nacional em Brasília, a maior ocupação trans e travesti do país. A manifestação foi organizada pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), o Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT) e mais de 40 organizações que lutam pelo direito à vida, à dignidade e à identidade. A mobilização tem esse nome em homenagem à Marsha P. Johnson, histórica ativista para a luta LGBT+ nos anos 1960 e 1970. Ela foi ícone da Rebelião de Stonewall e do movimento LGBTQIA+ nos Estados Unidos – hoje Marsha é celebrada no Brasil.
A ASERGHC está ao lado desta luta não apenas neste dia, mas cotidianamente, reivindicando respeito, dignidade e o fim da transfobia!