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A ameaça de chuva não impediu a assembleia geral dos técnicos de higienização hospitalar nesta quarta-feira (4), no pátio do prédio administrativo do Grupo. Dezenas de trabalhadoras(es) se reuniram para compartilhar as últimas informações do GHC e preparar a atuação na audiência pública em Brasília, agendada para dia 26 de outubro.
No GHC, a aprovação da implementação da jornada de 180 horas mensais no Conselho de Administração em 22/09 representou um avanço significativo para a luta histórica da categoria. Os trabalhadores e representantes da ASERGHC e Sindisaúde-RS entendem que o esforço da mobilização dos últimos anos, em especial em 2023, está sendo fundamental para corrigir o erro de aplicar a jornada de 220h, criada há cerca de oito anos.
Para concretizar a nova jornada sem redução salarial são necessárias mais vagas de trabalho. Atualmente, já faltam 68 trabalhadores. Com a jornada de 180 horas, será preciso contratar mais 143 higienizadores, além dos 68. A reivindicação de mais vagas soma-se à outras áreas hospitalares do GHC, que estão em análise na Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), subordinada ao governo federal.
A demanda de vagas foi encaminhada à SEST na segunda quinzena de setembro, portanto, tem o prazo total de um mês para ser analisada, de acordo com o que foi informado à Comissão de Higienizadores(as) na última reunião em Brasília no início de agosto deste ano.
Em paralelo à liberação de novas vagas no governo federal, cabe à gestão do GHC apresentar a minuta de um novo Acordo Coletivo de Trabalho que regulamente a jornada reduzida, sem quaisquer prejuízos salariais para a categoria.
Gestão do GHC diz que apoia, mas não permite que trabalhadores participem de audiência pública
Apesar de afirmar que apoia a luta da categoria da Higienização e entender que a pressão em Brasília ajuda na concretização das vagas, a Diretoria do GHC não permitiu a liberação de trabalhadores para participar da viagem até a audiência pública em Brasília, dia 26/10. Desta forma, a Comissão de Higienizadores(as) representará novamente a categoria inteira, utilizando seu próprio banco de horas para levar a reivindicação ao governo federal. O diretor da associação e Sindisaúde-RS Valmor Guedes denunciou a atitude:
“Há muitos, senão quase todos, assessores de cargos comissionados que não precisam bater ponto no dia a dia do GHC. Não se sabe se estão aqui, se estão viajando cumprindo compromissos particulares. Já para os trabalhadores, não há a sensibilidade de permitir que levem a pauta da sua categoria para conquistar um avanço que beneficiará a todos. E que o GHC diz apoiar.” – afirmou Valmor.
