ASERGHC e Sindicatos debatem Plano de Cargos e Salários e Acordo do Vale Alimentação em Reunião com GHC - Aserghc

ASERGHC e Sindicatos debatem Plano de Cargos e Salários e Acordo do Vale Alimentação em Reunião com GHC

ASERGHC e Entidades Sindicais lutam pelo Vale Alimentação
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Na manhã de hoje (06), a ASERGHC participou da reunião da Mesa Permanente de Negociação, com a diretoria do GHC e as entidades sindicais. A discussão central foi sobre a isonomia de salários, progressões por tempo de serviço e o vale alimentação.

Em março, as entidades haviam enviado 6 pontos fundamentais para serem incluídos na proposta sobre Plano de Cargos, Carreiras e Salários. Confira abaixo quais foram os posicionamentos da Direção do GHC na reunião de hoje:

Item 1:

Pauta das entidades sindicais:

Não limitar os gastos da folha de pagamento do GHC com progressões e promoções

O que propõe a direção do GHC:

As progressões salariais serão limitadas em até 1% da folha de pagamento, ou seja, não poderá ultrapassar o valor previamente estipulado no orçamento. Na prática, mesmo que o trabalhador cumpra todos os pré-requisitos para uma promoção, poderá ser barrado pelo teto de gastos do Hospital em relação ao PCCS e ter a promoção negada naquele ano. Além disso, o critério de desempate será sempre o fator tempo de serviço, beneficiando os empregados mais antigos e colocando os novos em desvantagem.

Item 2:

Pauta das entidades sindicais:

Manter ou aumentar a remuneração inicial dos cargos existentes, equiparando os salários dos novos colegas aos dos mais antigos. A partir do valor-base estipulado, permitir aumentos com progressões e promoções. Exceção para Administradores e Técnicos de Nutrição, que atualmente têm salários abaixo do mercado e reivindicam aumento salarial.

O que propõe a direção do GHC:

Rebaixar os salários iniciais dos futuros trabalhadores, gerando uma diferença salarial significativa entre empregados antigos e novos. Um novo empregado, por exemplo, poderá ganhar até 21% menos que um colega com mais tempo de serviço no mesmo cargo.

Item 3:

Pauta das entidades sindicais:

Promoção por merecimento e, principalmente, por tempo de serviço, com uma promoção a cada cinco anos trabalhados. Esta proposta visa valorizar os trabalhadores antigos, fortalecer os vínculos empregatícios e criar critérios objetivos.

O que propõe a direção do GHC:

Promoções por merecimento, com critérios subjetivos e deixando o trabalhador a mercê da boa vontade da avaliação dos gestores e chefias.

Item 4:

Pauta das entidades sindicais:

Incluir na progressão de cargos, planos e salários as categorias apontadas pela direção do GHC como “em extinção”. Ao todo, são 27 profissões, como motoristas, telefonistas, técnicos em segurança do trabalho, especialistas em manutenção hospitalar, entre outros.

O que propõe a direção do GHC:

Extinguir os cargos específicos e substituí-los por opções generalistas, com salários inferiores aos atuais.

Item 5:

Pauta das entidades sindicais:

Garantia de 3 níveis de progressões verticais para todas as categorias, com implementação de aumento salarial assim que cumprido os requisitos de cursos e formações exigidos. Inclusão dos trabalhadores de níveis fundamental, médio, técnico e superior no plano.

O que propõe a direção do GHC:

Os cargos de progressão vertical serão disputados entre cada categoria: fundamental, médio, técnico, superior e médicos. A disputa será por avaliação, formação e experiência. Com a avaliação como pré-requisito, a progressão passa a ser subjetiva, conforme a vontade da chefia.

Item 6:

Pauta das entidades sindicais:

Revisão a cada 12 meses do Plano de Cargos e Salários para garantir o funcionamento adequado e corrigir futuros erros.

O que propõe a direção do GHC: após reivindicação das entidades sindicais na tarde de hoje, a Direção pontuou estar aberta para revisar o plano a cada  dois anos.

Entidades Sindicais e GHC debatem o Plano de Cargos, Carreiras e Salários

Confira as Reivindicações Sindicais aceitas pela Direção:

  1. Inclusão das progressões verticais, permitindo a ascensão do trabalhador
  1. Diminuição dos níveis horizontais, reduzindo de 36 para 21 pontos, distribuídos em 7 classes. A proposta anterior tornava impossível que o trabalhador ascendesse ao topo da carreira devido ao excesso de níveis e burocracias. Com a proposta antiga, um trabalhador levaria em média 36 anos ou mais para chegar ao cargo máximo.
  1. Alteração do critério de sanções disciplinares (incluída a possibilidade de recurso). A pedido dos sindicatos, foi adicionado que o trabalhador só será excluído da progressão após passar por todos os processos disciplinares.
  1. Aumento do percentual de progressão na carreira. Na proposta anterior, o aumento variava de 1,5 a 1%. Com a reivindicação dos sindicatos, passa a variar de 3% a 2%.
  1. Criação de grupos para concorrência na progressão (conforme o nível de ensino)
  1. Garantia de 3 classes verticais para todas as categorias.


Das 11 sugestões propostas pelas entidades sindicais que compõem a mesa de negociação, somente 6 foram atendidas de imediato. Para Graziela Palma, presidente do SindiSaúde e diretora da ASERGHC, o papel da mesa de negociação é justamente dialogar e ouvir as necessidades dos trabalhadores, o que não está ocorrendo nas últimas reuniões. Negar a revisão das principais propostas e aceitar o rebaixamento de salários entre iguais afetará o dia a dia dos colegas, podendo levar a passivo trabalhista para a instituição e fomentar o espírito de concorrência entre trabalhadores.

Graziela Palma defendendo os direitos dos trabalhadores


Vale Alimentação 

A direção do GHC manteve a proposta do aumento de R$ 744,00, retroativo a abril. Além disso, apresentou a resposta negativa da SEST referente à solicitação dos sindicatos para que o Vale representasse ao menos o valor referente a uma cesta básica no Rio Grande do Sul.

No entanto, o que surpreendeu as entidades foi a agilidade da resposta de Brasília, enviada em menos de uma hora após o recebimento do pedido. Para os sindicatos, isso demonstra que não está havendo negociação entre o GHC e a SEST, mas sim uma imposição da Gestão para evitar o diálogo com os trabalhadores e o movimento sindical.

Os sindicatos aproveitaram a ocasião para denunciar o movimento paralelo dos gestores ligados à Direção, que vêm coagindo os trabalhadores e interferindo no movimento sindical. Os diretores do Grupo se comprometeram em não atuarem nas próximas assembleias.

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