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A ASERGHC manifesta o apoio à trabalhadora Técnica em Enfermagem do GHC e Diretora de Eventos da entidade, Neide Kellen, frente ao ataque racista que sofreu no seu espaço de trabalho na última terça-feira, 4 de abril.
Na ocasião, a trabalhadora, que se autodeclara como mulher negra, estava prestes a realizar o atendimento a uma usuária quando a mesma a agrediu verbalmente, gritando que não gostaria que essa pessoa “lhe tocasse”. Neide relata que essa violência já se repete há cerca de um ano e meio, e neste momento decidiu romper a opressão sofrida e denunciá-la.
Sabemos que o racismo institucional é uma violência que segue acontecendo entre o GHC e trabalhadores (as), assim como entre os próprios trabalhadores (as) e também de usuários (as) para com trabalhadores (as). A ASERGHC repudia veementemente qualquer prática de violência institucional. O racismo alicerça a História do nosso país, construída com sangue negro e indígena através do sequestro forçado dos povos africanos e do genocídio dos povos indígenas.
As mulheres negras são a base da sociedade brasileira, logo, também são fundamentais no cotidiano de assistência do SUS. A sua luta por respeito e condições dignas de trabalho é uma luta que também deve ser de todas as pessoas não negras, e também de uma instituição pública que se diz antirracista.
Reafirmamos que não existe democracia, defesa da vida e defesa do SUS com seus princípios de equidade, integralidade e universalidade sem o combate ao racismo. A ASERGHC permanece na luta antirracista ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras por igualdade racial e pelo fim de qualquer tipo de discriminação.
