ASERGHC e sindicatos publicam nota em apoio à Carris pública e à greve dos rodoviários
08/09/2021PREVENÇÃO AO SUICÍDIO E VALORIZAÇÃO DA VIDA: quem cuida de quem cuida?
10/09/2021Na última quarta-feira (8), a gestão do GHC respondeu formalmente às demandas e reclamações apresentadas pela ASERGHC em agosto, a respeito da assistência da Saúde do Trabalhador prestada aos servidores. Para a diretoria da associação, o retorno do Grupo é mais um deboche diante da difícil situação dos trabalhadores. Leia aqui a resposta oficial da gestão do GHC.
Ao contrário do que os gestores declaram, há sim espaço para oferecer mais especialidades, como por exemplo a fisioterapia, dentro da estrutura já existente no Hospital Cristo Redentor. Se uma das maiores causas de afastamento e adoecimento de servidores são as lesões osteomusculares, decorrentes das atividades laborais, é fundamental a corresponsabilização do GHC para acolher esta demanda. Também solicitamos acesso a consultas periódicas nas áreas de Clínica Geral, Traumatologia, Ginecologia, Psicologia e Psiquiatria. A associação não está propondo medidas fora do alcance do GHC.
Os diretores do Grupo também afirmam que o tratamento oferecido aos trabalhadores deve ser idêntico ao disponível para os usuários externos do SUS, porém, sempre que nós, trabalhadores, precisamos da assistência, precisamos passar por autorização da chefia imediata para buscar o atendimento. Onde está a integralidade e o cuidado humanizado com o trabalhador da saúde? Quando os trabalhadores da área da saúde não estão com sua saúde física e mental cuidadas, é impossível atender ao próximo. Em um sistema público de saúde que já se provou fundamental para o país, quem se importa com a saúde de quem cuida? A gestão do GHC parece não ter essa questão em suas prioridades.
Não houve qualquer explicação para a ausência de assistência aos trabalhadores positivados para Covid-19, inclusive para os que apresentam sequelas depois de superar os sintomas comuns causados pelo coronavírus.
Outro descaso da gestão para com os trabalhadores é a omissão na campanha de vacinação contra Covid-19, frente a falta de incentivo à imunização e a ausência de controle e fiscalização dos setores onde ainda há trabalhadores que não aceitaram receber vacina. Neste momento, a necessidade de imunizar o máximo de pessoas no menor tempo possível é uma estratégia de combate à pandemia que é reconhecida pela Ciência.
Até aqui, temos mais perguntas e reivindicações urgentes do que medidas efetivas de cuidado para os trabalhadores que fazem o SUS acontecer no maior complexo hospitalar público do Rio Grande do Sul. A ASERGHC vai discutir com os trabalhadores e sindicatos novas iniciativas nos próximos dias.