O seminário foi organizado pelo conjunto dos sindicatos em luta, Sindisaúde-RS, ASERGHC e Sindimetrô-RS, para qualificar e desenvolver a formação política e sindical dos(as) trabalhadores(as) metroviários(as) e da saúde. Foram dois dias de atividades com uma série de debates e convidados(as) reunidos(as) entre 17 e 18 de janeiro, em Nova Petrópolis.
Além de representantes da diretoria da ASERGHC, também participaram integrantes da comissão das 180 horas que tiveram a oportunidade de contar sobre a vitoriosa luta dos higienizadores do GHC. Na abertura do seminário, os diretores presidentes das entidades organizadoras, Júlio Jesien do SindiSaúde-RS, Luis Henrique Chagas do Sindimetrô-RS e Arlindo Ritter da ASERGHC, falaram sobre a importância da unidade dos sindicatos em luta e os desafios para 2024.
O seminário também contou com convidados como Etevaldo Teixeira da TLS e Neiva Lazarotto da Intersindical (CPERS) que debateram a situação política nacional e internacional. Também estiveram presentes Danilo Serafim (TLS) e Samara Antonini, advogada do escritório Paese, Ferreira & Advogados, em diálogo sobre a crise do movimento sindical e as mudanças jurídicas decorrentes da Reforma Trabalhista de 2017.
Durante o seminário foram abordadas pautas como os desafios de cada setor, a necessidade urgente de unificar as lutas, a formação de campanhas salariais e convenções coletivas dignas, além da programação de atos em defesa da Trensurb estatal e pública e em defesa da saúde pública e do SUS. Foi ressaltada a importância de impulsionar as lutas e manter os(as) trabalhadores(as) informados(as) para colaborar na elaboração de um projeto de transporte e de saúde públicos, ambos de qualidade, gratuito e universal. Um dos pontos reforçados durante o seminário é o de manter a pressão e exigir o cumprimento de promessas de campanha do governo federal, como a retirada da Trensurb do Plano Nacional de Desestatização (PND).
Seguindo esse espírito de unidade da classe trabalhadora, no dia 22 de janeiro uma delegação irá para a Argentina em solidariedade com a população do país vizinho submetido ao projeto autoritário do governo de Javier Milei. O país enfrenta uma violenta política neoliberal com forte agenda de lutas e o pontapé inicial é a greve geral marcada para o dia 24 de janeiro.
O seminário teve como proposta desenvolver uma avaliação dos processos de mobilização, da situação política e das perspectivas para as eleições de 2024. Ele representa um momento de afinar argumentos e qualificar o debate de sindicalistas e associados(as). O objetivo é unificar a luta da classe trabalhadora.
No final do evento, um plano de lutas foi apresentado com o objetivo de reforçar a unidade e o caminho coletivo bem representado na entonação da frase “trabalhador unido, jamais será vencido!”.